A dor no trabalho de parto…a maior aliada e amiga

Durante a gravidez, muitas mulheres vivenciam o medo da dor de trabalho de parto, que é tantas vezesa causa de tanta ansiedade, que em nada é, favorável ao seu bebé.

Na maioria das vezes, a dor é um sinal do corpo de que algo não está tão bem e na maioria das vezes édoença ou lesão.

Contudo se a dor do trabalho de parto, não é lesão nem doença, como a poderemos denominar? – Dor de Transformação…isso mesmo…algo que muda e se transforma no nosso corpo. Ao longo da nossa vida, há várias dores desta natureza: as dores de crescimento; as do nascer dos dentes; as de envelhecimento, etc

O que é então a dor de trabalho de parto?

É a dor provocada no útero a contrair, pela ação da hormona oxitocina. Ela vai fazer com que o útero estique e o colo do útero vá encolhendo, desaparecendo para finalmente abrir e permitir a saída do nosso bebé.

Sem esta hormona a impactar as fibras nervosas do útero, não há expulsão do bebé para o exterior e consequentemente para os braços da mãe.

A dor do parto, difere das outras dores por vários fatores:

– É uma dor intermitente, associada à contração. Começa com uma moinha, vai aumentando até atingiro pico e vai diminuindo de intensidade até desaparecer completamente. No intervalo entre as contrações não há dor, pressão ou incómodo algum.

– Varia de mulher para mulher e de gestação para gestação de acordo com diversos fatores: limiar individual de dor, grau de relaxamento, relação com o ambiente, apoio de familiares e profissionais, preparação, etc.

– Dor que se esquece – É frequente ouvirmos dizer que logo após os bebés nascerem, a dor logo se esquece. É uma dor que não é associada a sofrimento, pois está na maioria das vezes relacionada com um bem maior – o nosso bebé. Ao contrário daquelas cólicas menstruais que lembramos ou daquela dor de dentes que destruiu o nosso fim-de-semana.

– Dor associada a um analgésico natural – a endorfina. Esta hormona é chamada a “morfina” natural, que, à medida que o trabalho de parto avança e é segregada a oxitocina, é também libertada no nosso corpo e na mesma proporção, este analgésico que faz com que muitas mulheres em estado mais avançado do TP se sintam na chamada “Partolândia”, pois estão num estado de profunda conexão como seu corpo e o seu bebé, não tendo grande noção do que se está a passar á sua volta. Logo com a sua dor bem minimizada.

A dor de trabalho de parto sendo uma dor de transformação, é também a maior fonte de informação relativamente ao nosso trabalho de parto.

Como assim uma fonte de informação?

É a dor que nos vai dar a informação necessária da evolução (ou não) do nosso trabalho de parto. Logo é a nossa maior amiga e aliada. Vejamos então:

– A dor ao ir aumentando de intensidade no tempo e tendo intervalos mais curtos entre elas, recebemosa informação de que o trabalho de parto está a evoluir favoravelmente;

– Ao sentir-mos desconforto numa posição estática, e estando mais confortáveis a andar ou a dançar, recebemos a informação de que o nosso bebé necessita desse movimento para melhor encontrar o encaixe na nossa bacia pélvica e conseguir nascer;

– Ao termos dor e procurarmos uma determinada posição, recebemos a informação se o meu bebé está confortável também. Como? Através do meu desconforto ou não, naquela posição que adotei. Se estiver confortável, o nosso bebé também está e vice versa;

– Ao sentirmos dor associada a uma vontade de expulsar algo (muito semelhante à vontade de defecar), será a informação que o nosso bebé, quererá nascer.

O que dizer então da dor do trabalho de parto?

Perante toda esta descrição, é importante que desmistifiquemos e desconstruamos esta conotação negativa de “dor de trabalho de parto”. Ela é um guia orientador para nós enquanto passamos o processo de transformação no nosso corpo. Com ela, é tão mais fácil perceber o caminho, o que fazer e principalmente ajudar o nosso bebé.

Pense em si sim, mas lembre-se acima de tudo que o seu filho só tem uma forma de comunicar consigo…através do conforto ou desconforto na dor do trabalho de parto.

Acolha a dor e aceite-a como parte integrante do processo.

Ajude-se e ajude o seu filho neste caminho e logo logo chegará o tão esperado e caloroso abraço.

Sejam felizes…hoje e SEMPRE

Com Amor,

Elisabete Palma

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